O Festival Cultural da Farinha de Tapioca
O Festival Cultural da Farinha de Tapioca
teve inicio no ano de 1994 inicialmente com o nome de Festival da Cultura
Popular e vem sendo realizado ininterruptamente durante os últimos 13 anos, a
idéia de criação do festival surgiu porque algumas pessoas (Raimundo Valdelino Brandão "Jacobino,Cosme Zacarias Ribeiro"Keko", Edimilson Galeno, Cidrack Oliveira e outros) da comunidade de
Americano, ao participarem do projeto preamar, em Belém no ano de 1993, acharam
interessante que algo semelhante pudesse ser realizado em Americano, a idéia
foi levada para discussão aos participantes da Associação Comunitária de
Americano e foi aceita por eles. No ano seguinte mesmo sem nenhum apoio
financeiro por parte dos órgãos institucionais dos governos Municipal e
Estadual uma comissão organizadora que reuniu pessoas ligadas a Associação
Comunitária ao MOJOC, MOJOVAM e voluntários realizaram o primeiro festival
contando com apoio apenas dos comerciantes da região. O objetivo do festival
traz a proposta de: resgatar, divulgar e agregar valores à cultura local,
promover intercambio cultural entre as comunidades locais e outros municípios,
proporcionar lazer e entretenimento a população local, desconstruir a imagem
negativa da vila relacionada a penitenciária. Na ocasião dos festivais são
apresentados grupos de danças locais com destaque a Dança da Farinha de Tapioca
e de outros municípios paraenses. São colocadas a venda nas diversas barracas
variedades de iguarias da farinha de tapioca, os visitantes assistem ao
processo de produção da farinha de tapioca através de casa de farinha montada
no local do evento. A população comparece, participa e legítima a representação
de sua cultura. O Festival foi transformado em patrimonio cultural de natureza imaterial do estado do Pará através da lei nº7.438 sancionada pela governadora Ana Julia, publicada no Diario Oficial em 02 de julho de 2010
O Festival
hoje expressa a cultura da vila através da farinha de tapioca que traz na sua
história a identificação cultural da comunidade ale de proporcionar os
moradores e produtores de farinha de tapioca uma integração social, política,
cultural e econômica.
FESTIVAL DA FARINHA DE TAPIOCA 1º CARTAZ |
FESTIVAL DA FARINHA DE TAPIOCA, matéria do 1º festival. |
FESTIVAL DA FARINHA DE TAPIOCA |
Iguarias da Farinha de Tapioca são
alimentos feitos com esse produto, e se encontram reunidas no livro “iguarias
da Farinha de Tapioca” (DFA-PA; EMATER-PA, 1998) que constituem um conjunto de
25 (vinte e cinco) receitas (Anexo IV, F.5). As informações contidas no
referido livro foram obtidas através de pesquisas em publicações da culinária
nacional e de conhecimentos de culinária da população local. Esse livro surgiu
após uma pesquisa em livros de arte culinária, quando constatou-se a
inexistência de iguarias da Farinha de Tapioca, à exceção apenas do cucuz de
tapioca. Para chegar-se a confecção do referido livro, fez-se uma pesquisa
junto aos moradores da Vila de Americano no intuito de coletar as suas
experiências culinárias. Essas permitiram que se chegasse à várias receitas, as
quais constam no livro.
A divulgação
das iguarias em livro e nos festivais tem sido a forma encontrada pelos
criadores e organizadores do festival para divulgar a importância econômica e
social da produção da farinha de tapioca. Trata-se de valorizar e estimular o
seu consumo por meio dessas formas de divulgação.
A dança simboliza a produção da farinha de tapioca e a justificativa para essa escolha pelos seus elaboradores é de que essa produção é que caracteriza a vida das pessoas de Americano. É principalmente por meio da produção da farinha de tapioca, que se dá a sobrevivência das mesmas A continuidade nas apresentações do grupo de dança, em eventos locais e regionais, como no Festival de Cultura Popular em Americano e nas feiras agropecuárias do Município de Castanhal, Santa Izabel do Pará, nos festivais de cultura de Curuça e em Belém, no Projeto Preamar e em diverssos eventos estaduais.
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